A importância da família estruturada para salvar sociedade
A família é a célula base para a formação de todo indivíduo, e é nesse convívio que aprendemos, um com o outro, a respeitar, partilhar, ter compromisso, disciplina e a administrar conflitos. Formando o indivíduo, um conjunto de famílias forma toda a sociedade e define toda uma estrutura social. Já vemos aí que uma família estável é fundamental para uma sociedade estável.
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Uma das instituições mais antigas e duradouras, a família é pilar de sustentação para todos, afinal é nela que aprendemos a conviver e interagir com o mundo, além de sermos preparados para a vida. Uma família cercada de amor, paciência, respeito e cumplicidade educa e forma indivíduos seguros e aptos para o convívio social.
Pessoas desequilibradas são geradas em famílias desestruturadas
De acordo com a educadora Sílvia Gaspar, uma família bem estruturada é fundamental no que se refere à formação das crianças e jovens como futuros membros de uma sociedade.
“É na família que se vive e se assimila, para toda a vida, os valores fundamentais do homem e neste relacionamento estreito, com forte ligamento de afeto e cumplicidade é que, em geral, se baseia a conduta de cada um dos cidadãos, quer numa cidadezinha de interior ou numa metrópole”, enfatiza.
A socióloga Vera Araújo, docente da Universidade de Sophia, na Itália, ressalta que a família também é a primeira atingida pelo desequilíbrio social. Deste modo, sua importância é fundamental e é através dela que se inicia a renovação da sociedade que muito se deseja.
“Na família se gera a solidariedade e o amor. Na família há sexos diferentes, idades diferentes, capacidades diferentes, é um laboratório onde se vive o amor”, elucida a socióloga.
O valor das coisas simples em família
Lembra daquele cheirinho de café que te faz recordar do colo da vovó? A canção que sua mãe cantava para você antes de dormir? A brincadeira que você tanto se divertia com seu pai? São essas lembranças que permitirão que a pessoa seja segura, alegre, agradecida. Observe os pequenos e fundamentais detalhes para se ter uma vida plena de contemplações e gratidão.
O papel fundamental da família na sociedade vai muito além do de ensinar o que é certo e o que é errado. A família forma indivíduos afetuosos, conscientes, tolerantes, pacientes, respeitosos, autoconfiantes e felizes!
Falamos de famílias estruturadas exatamente pela busca do que é bom e correto. Um conselho para os bons pais é dado por Santa Teresa d’Ávila no seu Livro da Vida:
“Se eu houvesse de aconselhar os pais, diria-lhes que, nesta idade (adolescência), tivessem grande cuidado com as pessoas com as quais seus filhos se relacionam. Muitos males podem resultar de más companhias, porque nossa tendência natural é seguir o que hé de pior, em vez do que é melhor”.
E por falar em tendência natural de buscar o que é errado, chega a hora de falar daqueles que vivem fora da família, sujeitos a todo o tipo de má influência sem nenhum filtro ou proteção.
Fora da família há desequilíbrio
Segundo a educadora Sílvia Gaspar, não é difícil entender que se uma família é bem estruturada pode gerar indivíduos equilibrados e atuantes positivamente em uma comunidade. Dessa forma, logicamente, contrário também é válido.
“Os pontos mais comuns que prejudicam o convívio familiar e criam mecanismos problemáticos nas famílias são ligados, em geral, às dificuldades sérias encontradas na condução da educação dos filhos; condutas que favorecem um consumismo exacerbado; desatenção à intromissão sem critérios dos meios de comunicação de massa; desvalorização do aspecto da espiritualidade na formação humana”, destaca.
Esse tipo de dificuldade, em famílias desestruturadas, na maior parte dos casos, gera indivíduos inseguros, carentes de valores, de afeto, prejudicados socialmente, sem força de atuação na própria vida e também no convívio social, explica a educadora.
“Atualmente vários estudos psicológicos comprovam que a relação pai, mãe, filho e irmãos é uma realidade tão profunda e intrínseca no ser humano que seu fracasso pode desencadear uma série de situações de desequilíbrio e sofrimento que vai do aspecto individual e psicológico, ao aspecto comunitário e social, até com patologias mais sérias”, salienta Silvia Gaspar.
Na sociedade doente que vivemos, fica bem claro que a solução de vários problemas passa pela volta do respeito aos verdadeiros valores familiares.