Entenda o racismo estrutural e não fuja da realidade
Não podemos fugir da realidade e ignorar assuntos cada vez mais urgentes. A verdade é que o racismo ainda existe no Brasil e está presente nas mais diversas situações cotidianas, muitas vezes até nem percebidas por quem comete. Dessa forma, torna-se indispensável que toquemos nesse assunto e precisamos entender o que é e como acontece o racismo estrutural.
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O que é o racismo estrutural?
Este termo é usado para sintetizar o racismo quando entranhado nas estruturas e práticas institucionais, culturais, históricas e interpessoais. Ou seja, todo um mecanismo de discriminação que coloca um grupo social ou étnico em uma posição privilegiada, enquanto explora e rebaixa um outro grupo.
É possível perceber no Brasil e ao redor do mundo, que ao longo da história, uma estrutura de benefícios foi sendo montada para satisfazer aos interesses de uma classe. Ao olhar com honestidade para essa realidade, os brancos podem perceber que ainda possuem privilégios até hoje herdados desse desenrolar histórico.
Sintetizando, o racismo estrutural é o conjunto das diversas formas de racismo, incluindo o individualista (e seus desdobramentos, como a discriminação e o preconceito) e o institucional, que estruturam a sociedade e fazem parecer natural no imaginário coletivo que o lugar do negro está ligado à servidão ou à criminalidade.
Para combater o racismo e lutar pela igualdade
Não é momento de criar uma guerra entre etnias e grupos sociais, mas de lutar justamente pela igualdade. Quando abrimos o coração para a troca gerada pela integração, podemos viver a união de povos, culturas, etnias e todas as outras de maneira harmoniosa.
Os negros possuem um tesouro cultural, força, beleza e muitas outras coisas que o preconceito ainda não permitiu que nossa sociedade descobrisse. É tempo de abrir mão de privilégios exagerados e desnecessários para olhar mais a dor e as necessidades do próximo, sem querer se aproveitar da situação e buscar benefícios injustos, seja para brancos, seja para negros.
Pela legislação, o racismo já é crime mas só isso ainda não basta para uma sociedade mais justa neste sentido. Precisamos entrar em um novo tempo de abertura de espaço para os negros, para que eles tenha voz e vez de maneira natural. Este não é um assunto só para o Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, mas para todos os dias do ano.
Próximos passos
Não é apenas questão de cotas, leis e algumas homenagens forçadas. Todas as pessoas precisam ser reconhecidas em sua dignidade humana e respeitarem os direitos umas das outras, ao mesmo tempo em que cumprem seus deveres com coragem e honestidade.
Nossa sociedade precisa de mais empatia, mas também de pessoas fortes que lutam sem pensar apenas na conquista de benefícios. Com gente que não olha apenas para o próprio umbigo, teremos um mundo mais justo para todos.