Profissões que devem ser “engolidas” pela tecnologia, segundo professor da FGV
É interessante saber que a tecnologia está mudando a maneira como as pessoas desempenham diversas tarefas. Com o seu avanço, as empresas também se adaptam e passam a utilizar cada vez mais o automatismo em funções que antes eram exclusivamente humanas.
O professor Nelson Gonçalves, da FGV, é especializado em neurociência e inteligência artificial e salienta que não existem nenhum problema em algumas profissões serem substituídas pela tecnologia: “A tecnologia sempre destruiu empregos. No caderno de empregos do jornal de 1972 os empregadores procuravam kardexista. Era um trabalho com um método de controle de estoque, baseado em uma planilha escrita à mão. Esse emprego foi varrido (pela tecnologia). Ainda bem. Esse profissional foi fazer outra coisa”, diz.
O professor continua: “É evidente que a tecnologia varre empregos, e sempre varreu, desde a revolução industrial. Não estamos diante de nenhum processo novo. Então essa apocalíptica de falar que IA vai te desempregar, e te transformar em uma pessoa inútil, não faz sentido”.
A seguir, Gonçalves explica que a inteligência artificial pode decretar o fim de algumas profissões. “Olhando para frente e fazendo um exercício sério, dá para dizer que essas profissões vão ser “varridas” pela inteligência artificial. Ou pelo menos o mercado de trabalho vai ficar muito mais restrito do que é hoje”.
Vejamos as 4 profissões listadas por ele:
Piloto de avião
Parece uma ideia estranha viajar em um avião autônomo e é provável que a maioria das pessoas teria medo. Mas o professor defende: “A linha 4 do metrô em São Paulo já é uma linha autônoma. O futuro próximo é o carro autônomo, e adiante, o avião autônomo”. E para quem tem medo dessa ideia? A resposta do magistrado é enfática: “Antes as pessoas tinham medo dos automóveis porque eles andavam a uma incrível velocidade de 40km/h. É natural que haja um receio da tecnologia, de algo que você desconhece. Mas o futuro dos transportes é o avião autônomo, o carro autônomo, como já tem o trem de metrô autônomo em SP”.
Trabalhador de confecção têxtil
Segundo o estudioso, é uma área facilmente robotizável, e isso é extremamente positivo, já que esses trabalhadores tendem a desenvolver LER (Lesão por Esforço Repetitivo), problemas de visão e aspiram poeira. Em pouco tempo será muito mais viável automatizar também essa produção.
Soldador
O professor diz que torce para que a profissão de soldador desapareça o mais rápido possível, e que isso é inevitável. A robotização está próxima, e pode ser impulsionada pelas condições perigosas a que esse trabalhador é exposto, como aspirar gases tóxicos.
Contador
Segundo o professor, “Ele vai ter muito menos espaço no mercado de trabalho nos próximos anos. Já existem diversas plataformas de contabilidade, que apenas com a inserção dos imputs corretos, geram automaticamente todos os demonstrativos contábeis. Já informa a Receita Federal. Emite o DARF. Se tiver saldo na conta PJ já paga também. Então vão ser necessários muito menos contadores em um futuro próximo”.
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O que você acha das projeções do professor? As pessoas devem migrar e buscar especialização nas novas profissões que surgem e nas antigas que ganham importância? Deixe sua opinião nos comentários.