Descubra 9 sintomas comuns que indicam doenças na sua visão
É interessante saber que a simples dificuldade para enxergar não é o único sintoma de que algo não vai bem com a sua visão. Problemas de visão afetam pessoas de qualquer faixa etária, mas em crianças e durante o envelhecimento é preciso prestar ainda mais atenção aos primeiros sinais e sintomas. No artigo de hoje você vai descobrir 9 sintomas comuns que indicam doenças oculares e que já é hora de procurar o seu oftalmologista.
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Antes de tudo
É muito importante entender que algumas condições podem ter consequências bastante graves, como a perda da visão ou um comprometimento grande, se não diagnosticadas e tratadas precocemente. Além disso, alguns problemas oculares não causam sintomas, por isso é importante ter consultas frequentes ao oftalmologista, mesmo que não apresente nenhum sinal de alerta, especialmente após os 40 anos. Vamos aos 9 sintomas:
Perda progressiva da visão
A perda progressiva pode aparecer na parte periférica ou central da visão, e apesar de bastante comum, é muito perigosa. Isso porque, por ser uma perda progressiva, a pessoa normalmente só irá notar um problema para enxergar quando o caso já está mais grave. “Às vezes o paciente tem alguma dificuldade no dia a dia e não percebe que a causa é a vista, a perda da capacidade de visão. Algumas doenças que causam este sintoma, como o glaucoma, acarretam em uma cegueira irreversível. A catarata também pode ser responsável pela perda progressiva da visão, mas, neste caso, podemos reverter a cegueira com uma cirurgia. Por isso é importante procurar o oftalmologista o quando antes, para poder diagnosticar o problema”, explica Minoru Fujii, oftalmologista do Hospital Cema, especialista em catarata e retina.
Outros problemas que podem causar este sintoma são a retinopatia diabética (uma doença que afeta os olhos das pessoas com diabetes e causa o estreitamento dos vasos sanguíneos na região – pode levar a uma perda total ou parcial da visão) e a degeneração macular relacionada à idade.
Visão embaçada
Sabe quando parece existir uma névoa na frente dos olhos, que embaça a visão e te impede de ver detalhes com clareza?
Isso pode ser sinal de diversas doenças oculares, como catarata, presbiopia (a vista cansada), glaucoma, degeneração macular relacionada à idade (DMRI), e outras de ordem fisiológica. “A visão embaçada é um dos sintomas visuais mais comuns. Um exemplo é o desenvolvimento progressivo da opacidade do cristalino, caracterizando a catarata, que leva à visão ‘embaçada’, com diminuição do contraste e necessidade de maior iluminação”, diz Wesley Bonafe, oftalmologista do Hospital Beneficência Portuguesa.
Dificuldade para se adaptar a diferentes tipos de luz
Muitas pessoas sentem problemas para adaptar a visão saindo de ambientes claros para escuros ou vice e versa, e este é um sintoma comum de diversos problemas nos olhos, como DMRI, edema macular diabético, ou alguma lesão na córnea. “O nome desta dificuldade é fotofobia, que também pode fazer com que a pessoa tenha lacrimejamento. Outra forma que a fotofobia se manifesta é quando a pessoa está trabalhando no computador, olhando para ele por muitas horas seguidas e começa a sentir o incômodo”, explica Fujii. No caso do computador, a forma de evitar o problema é após cada hora trabalhada descansar os olhos por cinco ou dez minutos, olhando para longe, segundo o especialista.
Manchas na visão
Vários são os tipos de manchas na visão e só o médico especialista,
com a descrição do paciente e a realização de exames, conseguirá diagnosticar o problema. Algumas podem ficar “dançando” na frente dos olhos, outras ficam mais paradas mas cobrem parte da visão, entre outros tipos. “Ela pode estar relacionada à DMRI, moscas volantes, hemorragia vítrea ou descolamento de retina. Como algumas dessas condições são graves, e apenas o médico poderá diagnostica-las, é recomendado que a pessoa procure um oftalmologista o quanto antes para verificar o problema”, diz Fujii. A catarata também pode estar ligada a este sintoma.
Mudança frequente na prescrição do óculos
A mudança constante da prescrição dos óculos, quando os graus das lentes são alterados, pode indicar problemas. “Até os 20 anos de idade é frequente que o grau mude bastante, contudo, quando a pessoa está entre os 40, 50 ou 60 anos, pode ser sinal de que algo não vai bem com a sua saúde ocular”, afirma Fujji. Outra condição que pode causar esta mudança é a presbiopia, comum a todas as pessoas, que leva a uma dificuldade para a visão de perto com perda do foco para objetos próximos. É mais comum iniciar-se próximo aos 40 anos, progredindo até aproximadamente os 60 anos, e neste período podem ocorrer mudanças frequentes na prescrição dos óculos para perto.
Visão dupla
A visão dupla pode estar relacionada à uma simples diferença de grau, ou seja, você pode estar com o grau maior ou menor do que deveria estar. Também pode estar ligada ao estrabismo, diabetes – apesar de não ser comum – ou à problemas mais graves, como um acidente vascular cerebral (AVC). “Esta é uma condição que, se a pessoa nunca teve visão dupla, ela precisa ir logo ao médico, uma vez que o AVC é uma emergência médica. O sintoma também pode estar relacionado a várias síndromes, tratadas pelo oftalmologista ou neurologista”, diz Fujii.
Olhos vermelhos
Várias condições podem trazer como sintoma os olhos vermelhos, desde o uso de alguma substância até uma lesão irreversível. “Lembrando que os olhos são muito sensíveis e podem sofrer danos quando expostos a agentes externos, como a radiação solar, cloro da água ou infecções por vírus ou bactérias, que reagem com vermelhidão e secreção”, diz Renan Cândido, oftalmologista do Dr. Consulta. “Outras condições que podem deixar os olhos vermelhos são conjuntivite, conjuntivite alérgica, glaucoma, uveíte (inflamação nas estruturas internas do globo ocular) e a esclerite (inflamação na parte branca do olho)”, afirma Fujii. “É importante ressaltar que não se deve utilizar nenhum medicamento nos olhos sem prescrição. Mesmo que a pessoa acredite que já teve o mesmo problema no passado, não deve repetir os medicamentos, pois as causas dos sintomas são diversas, assim como o tratamento para cada uma delas”, explica o especialista.
Capacidade de ver cores e detalhes prejudicada
A condição mais características de deficiência na capacidade de enxergar as cores é o daltonismo, onde a pessoa é incapaz de identificar algumas cores específicas. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), cerca de 5% da população mundial vive com o problema, que normalmente é identificado no começo da idade escolar. Contudo, outras condições também podem prejudicar a capacidade de ver cores ou distinguir detalhes, como a catarata, DMRI e glaucoma, quando já está numa fase mais avançada.
Presença de doenças crônicas
Algumas doenças crônicas, como o diabetes e a hipertensão arterial, assim como alguns medicamentos utilizados no seu tratamento, podem ocasionar problemas oculares. “O diabetes, por exemplo, é uma doença complexa e progressiva que afeta os vasos sanguíneos do olho, principalmente a retina, causando a retinopatia diabética. Sabemos que os diabéticos apresentam um risco de perder a visão 25 vezes maior do que as pessoas que não portam a doença, e a retinopatia diabética atinge mais de 75% das pessoas com diabetes há mais de 20 anos. De maneira geral, tanto a retinopatia causada pela hipertensão quanto a causada pelo diabetes não apresentam sintomas ou perdas da visão na sua fase inicial, ou seja, não são perceptíveis e por isso a consulta periódica com o oftalmologista, com a realização de exames, é necessária mesmo para quem não tem queixas”, alerta Cândido.
Sente algum problema em sua visão? Procure um oftalmologista.