Conheça as 5 maiores descobertas no Egito
Por mais de 3 mil anos uma das civilizações mais prósperas da antiguidade se desenvolveu ao longo do rio Nilo. O Antigo Egito, é famoso por suas construções majestosas e por mistérios que vários anos de pesquisas ainda não conseguiram solucionar. Desde o início do século XX, escavações nos locais onde viveram os antigos egípcios tentam montar as peças dos enigmas dessa intrigante civilização.
Os antigos faraós foram responsáveis pela construção de monumentos e túmulos bem elaborados, guardando seus tesouros mais valiosos neles, e entre suas tumbas e pirâmides antigas, várias riquezas reveladas trazem fascinantes descobertas que permitem vislumbrar um pedaço dessa civilização. No artigo de hoje você vai conhecer um pouco mais sobre esses mistérios revelados.
Vale das Múmias Douradas
As múmias são, sem dúvida, um dos aspectos mais conhecidos sobre as tradições dos antigos egípcios. Para garantir uma boa vida após a morte, eles preservavam os seus corpos e pertences mais valiosos dentro de suas tumbas, e por isso muito dos sarcófagos foram saqueados ao longo dos anos por ladrões que buscavam os objetos de ouro deixados enterrados.
Uma das maiores descobertas arqueológicas sobre o Egito antigo foi a de um cemitério de múmias de quase 3 quilômetros de extensão, que por causa do ouro e tesouros encontrados em alguma das tumbas, tornou-se conhecido como Vale das Múmias Douradas. Uma das múmias encontradas ganhou o posto de múmia mais adornada com ouro de que se tem notícia. Essa múmia era da esposa de um dos governadores, dona de mais de 100 amuletos de ouro que estavam dentro do sarcófago.
Uma curiosidade interessante sobre o vale, é que ele só foi descoberto quando um burro ficou preso em um buraco no topo do teto de uma das tumbas, em 1996.
Obelisco inacabado
Os obeliscos são importantes marcos históricos visitados pelos turistas ao redor do mundo. E, apesar da maior parte dos obeliscos mais famosos se encontrarem na Europa, grande parte deles foi transportada do Egito antigo quando os romanos dominaram essa civilização. O obelisco de Luxor, por exemplo, foi um presente exótico dado pelos egípcios ao rei Carlos X, na tentativa de fazer aliança diplomática com a França.
Para os egípcios primitivos, os obeliscos eram um monumento voltado para cultuar o sol e, por esse motivo, deveriam ser perfeitos, sendo esculpidos a partir de um único bloco de pedras, sem nenhuma fissura. O obelisco inacabado de Aswan, foi uma das tentativas egípcias de levantar um obelisco e, por causa do rompimento da pedra, a escultura foi completamente abandonada pois só era aceitável um bloco de pedra único e perfeito.
Graças ao abandono da pedra, os estudiosos puderam descobrir como eram feitos os obeliscos egípcios, servindo de base para entender outras construções dessa civilização.
Templo de Abu Simbel
Após um breve período do monoteísmo no Egito, implementado pelo faraó Akhenaton, o templo de Abu Simbel foi levantado pelo novo faraó Ramsés II, para a evidenciar a superioridade do Egito perante as antigas civilizações e retomar a cultura politeísta dos antigos Egípcios. No templo era possível encontrar representações dos deuses principais e pinturas do antigo faraó.
O local original do templo era próximo ao lago Nasser. Porém, por causa da ameaça de possíveis inundações do rio, que alagariam as obras, foi decidido em 1960 pela UNESCO que os monumentos deveriam ser transportados para uma região mais alta, preservando o templo e suas preciosidades.
KV 17, a mais longa das tumbas
O antigo faraó Seti foi o segundo da 19º dinastia, e governou o Egito entre 1291 e 1278 a.C., morrendo aos 40 anos, por motivos ainda desconhecidos. A tumba KV 17, foi construída para Seti, formando um dos locais mais impressionantes da época. Ela se encontra no chamado Vale dos Reis, onde diversos outros locais de sepultamento foram descobertos. A tumba do faraó Seti é a maior e mais extensa do local, com quase 138 metros de amplitude, 7 corredores e 10 câmaras. Muitos desses locais só foram descobertos em 2008, pois se encontravam escondidos.
O mais intrigante sobre a morte do faraó Seti é que seu corpo não está na extravagante KV-17, mas sim em uma outra tumba mais simples, DB320. Segundo os arqueólogos, a múmia foi escondida em outra tumba para evitar que o corpo do faraó fosse roubado.
Deir El Medina, a vila operária
As grandes construções egípcias foram criadas a partir de um trabalho árduo dos operários dos faraós. Ao contrário do que se espera, a maior parte das construções foram feitas por trabalhadores assalariados e não por escravos. Esses trabalhadores recebiam seu pagamento em grãos e tinham vários benefícios, como por exemplo plano de saúde.
Para trazer maior agilidade nas construções, foi criada uma vila para os operários onde o governo fornecia casas de tamanhos variados para todos os artesãos, pintores e demais operários das antigas construções. Deir el Medina, é uma vila egípcia criada próxima ao vale dos reis, que chegou a ter uma área de 5600 m², com mais de 68 casas de tamanhos diversos.
A vila forneceu diversas cartas e outros registros da vida cotidiana dos egípcios e foi abandonada por volta de 1110 A.C, devido a crescentes ameaças de ataques líbios.
Assista um interessante vídeo sobre essas descobertas aqui.
Fonte: Mais Curiosidades
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